Estudo europeu constatou que pássaros estão chegando em média com uma semana de antecedência para o período de reprodução
Mas o adiantamento não se mostrou uma solução. “Vimos que os organismos não estão acompanhando a antecipação da temperatura”, disse. O avanço na data de chegada para as áreas de reprodução, o que de fato ocorreu para a maioria das espécies, não foi totalmente compensado pela mudança climática e assim, acontece o descompasso, chamado pelos cientistas de atraso térmico. “O período de abundância de alimento como insetos é curto em áreas como o Norte da Europa, ocorrendo uma incompatibilidade entre os animais e o ecossistema”, disse Ambrosini.
De acordo com o estudo, o problema foi notado principalmente nos pássaros que passam a inverno na África subsaariana e nas espécies que viajam por longas distâncias.
A equipe com pesquisadores da Itália, Alemanha, Finlândia e Rússia observou quatro locais no norte da Europa e pegaram uma média de dias de chegada de cada espécie. A partir deste dado, eles compararam a temperatura média destes dias para saber se correspondiam ao limiar que dispara os ciclos naturais como a polinização de flores, por exemplo, o que na maioria dos casos estava em desacordo. “A partir deste estudo, verificou-se que aves migratórias atualmente muito comuns na Europa poderão entrar em risco de extinção por conta das mudanças climáticas”, disse Ambrosini.
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